Composição: Gabriel O Pensador
Atirei o pau no rato
  Mas o rato não morreu
 Dona Rosane, admirou-se do ferrão
 Três-oitão que apareceu
 Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu
 Eu acabava de matar o Presidente do Brasil
 Fácil um tiro só
 Bem no olho do safado
 Que morreu ali mesmo
 Todo ensanguentado
 Quê? Saí voado com a polícia atrás de mim
 E enquanto eu fugia eu pensava bem assim:
 "Tinha que ter tirado uma foto na hora em que o sangue espirrou
 Pra mostrar pros meus filhos
 Que lindo, pô"
 Eu tava emocionado mas corri pra valer
 E consegui escapar
 Ah tá pensando o quê?
 E quando eu chego em casa
 O que eu vejo na TV?
 Primeira dama chorando perguntando (Por quê?)
 Ah! Dona Rosane dá um tempo num enche num fode
 Não é de hoje que seu choro não convence
 Mas se você quer saber porque eu matei o Fernandinho
 Presta atenção sua puta escuta direitinho
 Ele ganhou a eleição e se esqueceu do povão
 E uma coisa que eu não admito é traição
 Prometeu, prometeu, prometeu e não cumpriu
 Então eu fuzilei, vá pra puta que o pariu
 É "podre sobre podre" essa novela
 É Magri, é Zélia
 É Alceni com bicicleta e guarda-chuva
 LBA Previdência chega dessa indecência
 Eu apertei o gatilho e agora você é viúva
 E não me arrependo nem um pouco do que fiz
 Tomei uma providência que me fez muito feliz
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
 Hoje eu tô feliz matei o presidente
Eu tô feliz demais então fui comemorar
 A multidão me viu e começou a festejar
 (É Pensador, é Pensador, é Gabriel O Pensador)
 Me carregaram nas costas
 A gritaria não parou
 Eu disse "Eu sou fugitivo gente não grita o meu nome por favor!"
 Ninguém me escutou e a polícia me encontrou
 Tentaram me prender
 Mas o povo não deixou
 (O povo unido jamais será vencido)
 Uma festa desse tipo nunca tinha acontecido
 Tava bonito demais
 Alegria e tudo em paz
 E ninguém vai bloquear nosso dinheiro nunca mais
 Corinthiano e Palmeirense
 Flamenguista e Vascaíno
 Todos juntos com a bandeira na mão cantando o hino
 ("Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
 De um povo heróico o brado retumbante")
 E começou o funeral e o povo todo na moral
 Invadiu o cemitério numa festa emocionante
 Entramos no cemitério cantando e dançando
 E o presidente estava lá já deitado nos esperando
 Todos viram no seu olho a bala do meu três-oitão
 E em coro elogiamos nosso atleta no caixão:
 (Bonita camisa Fernadinho
 Bonita camisa Fernadinho
 Bonita camisa Fernadinho
 Você nessa roupa de madeira tá bonitinho!)
 E como sempre lá também tinha um grupo mais exaltado
 Então depois de pouco tempo o caixão foi violado
 O defunto foi degolado, e o corpo foi queimado
 Mas depois não vi mais nada porque eu já tava cercado de mulheres e  aquilo me ocupou
 (Ai deixa eu ver seu revólver Pensador!)
 Então eu vi um pessoal numa pelada diferente
 Jogando futebol com a cabeça do Presidente
 E a festa continuou nesse clima sensacional
 Foi no Brasil inteiro um verdadeiro carnaval
 Teve um turista que estranhou tanta alegria e emoção
 Chegando no Brasil me pediu informação:
 (O Brasil foi campeão? Tá todo mundo contente!)
 Não amigão
 É que eu matei o presidente!
(Refrão)
E o velório vai ser chique
 Sem falta eu tô lá
 É ouvi dizer que é o PC que vai pagar
 
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